Situações de escolas indígenas em aldeias Guajajaras nas terras Araribóias encontram-se precárias

Situações de escolas indígenas em aldeias Guajajaras nas terras Araribóias encontram-se precárias
Situações de escolas indígenas em aldeias Guajajaras nas terras Araribóias encontram-se precárias
Situações de escolas indígenas em aldeias Guajajaras nas terras Araribóias encontram-se precárias
Situações de escolas indígenas em aldeias Guajajaras nas terras Araribóias encontram-se precárias
Situações de escolas indígenas em aldeias Guajajaras nas terras Araribóias encontram-se precárias
Situações de escolas indígenas em aldeias Guajajaras nas terras Araribóias encontram-se precárias
Situações de escolas indígenas em aldeias Guajajaras nas terras Araribóias encontram-se precárias
Situações de escolas indígenas em aldeias Guajajaras nas terras Araribóias encontram-se precárias

Muitas sem salas, banheiros, carteiras e materiais didáticos, alunos indígenas encontram-se com processos de ensino aprendizagem comprometidos

Em visita junto às escolas indígenas localizadas no Município de Arame: UI de Educação Escolar Indígena Cacique Adriano – localizada na aldeia Sucuruiu II; UI de Educação Escolar Indígena Michelle – localizada na Aldeia Avelino: Centro de Educação Indígena Capitão Zequinha – Aldeia Cururu; UI de Educação Escolar Indígena Purume Katuha – Aldeia Jacaré no intuito de apurar as condições de funcionamento dos serviços de educação, e averiguar se estão ocorrendo aulas com infraestrutura adequadas, fornecimento efetivo e adequado de alimentação e material didático, bem como se alunos sem registro civil de nascimento estão sendo prejudicados, registrou-se que, tanto nos turnos matutino e vespertino, foram averiguadas nas escolas citadas, e em nenhumas delas detectou-se a realização de aulas, e muito menos a presença de professores e ou alunos. Adiante se especifica as situações encontradas em cada unidade visitada:

1 – Aldeia Cururu – Centro de Educação Escolar indígena Capitão Zequinha: Responsável pelas informações, o cacique José Teodoro Filho, e os indígenas Marli Silva e Daniel Martins: A- as condições de funcionamento dos serviços educacionais são precárias, com pinturas comprometidas, banheiros sem a menor condição de uso e telhado quebrados; B – As aulas realizadas não tem a infraestrutura adequada para a realização das mesmas; C – Não há fornecimento de material didático, e a merenda escolar, é fornecida de forma precária, tendo uma regularidade mensal e até mesmo bimensal; D – Não existem indígenas, segundo os informantes sem Registro de Nascimento, mesmo que alguns tenho efetivado somente o administrativo da FUNAI, todavia os mesmos não tem sido impedidos de frequentarem as aulas.

2 – Aldeia Sucuruiu II – UI de Educação Indígena Cacique Adriano – Responsávelpelas informações, cacique José Pimentel Guajajara: A- As condições de funcionamento dos serviços de educação, são restritos a uma cobertura de palha, sem paredes, e nenhuma divisão; B – Mesmo com 10 alunos, pelas informações prestadas, não há nenhuma cadeira aonde os alunos podem sentar, muito menos qualquer quadro aonde possa haver a ministração de aulas; C – Pelas informações prestadas não há material didático fornecidos aos alunos, e a merenda escolar demora-se de até três meses para que possa ser fornecida; D – Informaram ainda, que existem sim, crianças sem Registro de Nascimento, todavia estas não são impedidas de frequentarem a escola. Obs: foi detectado o início das obras de construção de uma possível escola, que segundo os indígenas datam de 2011, sem que nunca tenha sido concluída.

3 – Aldeia Avelino – UI de Educação Indígena Michelle – Responsável pelas informações, cacique João Avelino Guajajara: A – Embora contando com 16 alunos, a escola funciona numa pequena sala de barro aonde existem 9 cadeiras e um quadro pendurado; B – A infraestrutura encontra-se inadequada pois a pequena sala mede aproximadamente 2m X 2m, e com carteiras insuficientes para abrigar os alunos; C – As informações prestadas, afirmaram que além de não existir material didático, a alimentação para os alunos só são entregues de três em três meses; D – Afirmaram que todos os indígenas são devidamente registrados.

 4 – Aldeia Jacaré – UI de Educação Escolar Indígena Purume Katuha – Responsável pelas informações, o indígena Sebastião Guajajara, que na ausência do cacique da aldeia, prestou as informações que se seguem: A – Sendo uma escola construída recentemente (abril de 2020) as condições são satisfatórias, tendo esta unidade escolar, dois professores, sendo um pela Seduc/MA e outro pelo município de Arame; B – A escola conta com uma boa infraestrutura, duas salas de aulas, banheiros, cozinha, dispensa, secretaria e área de recreação. Registre-se que tal como nas outras inspeções, o horário de averiguação coincidia com o determinado para haver aulas, porém nenhuma atividade está sendo desenvolvida, e nem profissional ou aluno se faziam presentes; C – O ponto mais prejudicial da vistoria nesta unidade, segundo o relato do silvícola Sebastião Guajajara se dá no que concerne à qualidade e periodicidade da merenda escolar, o mesmo informou que delongar-se até três meses para que a alimentação seja direcionada à escola, e quando esta chega se faz insuficiente a atender a demanda dos alunos. Outro ponto destacado pelo indígena foi com relação a qualidade dos alimentos, segundou informou ainda, muitos produtos chegam estragados, como já ocorrera com ovos podres, e carnes com larvas. D – O indígena não soube precisar, se existe alguma criança que é impedida de frequentar as aulas pela falta do Registro de Nascimento.